quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Fast Foward emprego!

Existem 3 momentos na vida que se eu pudesse dar um Fast Foward, eu daria sem nem hesitar:

1) Procurar emprego
2) Procurar apartamento
3) Procurar amor (já achei, mas até achar passei muitas vezes por isso)

O que queria focar hoje é na busca de emprego. Mais especificamente quando estamos desempregados.

Procurar emprego é desgastante, depressivo, frustrante e muito chato!

A gente tem que refazer o currículo, deixar ele atraente para diferentes candidaturas, fazer uma carta de apresentação (de preferência personalizada... blá!), entrar em mais de trocentos sites de emprego, incomodar todos os familiares, amigos, conhecidos, amigos dos conhecidos, muitas entrevistas por telefone, MUITAS entrevistas, repetir sempre a mesma ladainha, os bendidtos pontos positivos e pontos de melhoria... Ai que inferno!

Mas no processo que me encontro atualmente (Affff...), percebi que passamos por fases durante a busca de emprego (pelo menos eu passei) e vou dividir aqui com vcs.

Fase 1: Otimismo e foco.

Essa é a fase que estamos mais animados, com mais energia, super focados. A gente somente se candidata para exatamente as vagas que queremos, até arriscamos uma posição a mais. Somos exigentes no job description, o nome da empresa e indústria importam sim e o salário... trabalhar por menos de $XX, NUNCA.

Aí não recebemos muitas ligações, achamos estranho... revemos nosso CV, mudamos uma coisinha aqui outra ali.

Fase 2: Abrindo a mente.

Aqui a gente abre um pouco mais a mente. "Talvez eu esteja sendo muito exigente, posso abrir um pouco mais o leque". Começamos a procurar trabalhos na mesma função que exercíamos, expectativa de salário igual o que ganhávamos, damos aquela cobrada básica nos amigos e conhecidos. Lembramos de uns conhecidos que nem tínhamos tanto contato assim, mas vai que, né?!
Rezamos um pouco, toda ajuda é bem vinda.

Vamos em algumas entrevistas, participamos de alguns processos, mas começamos a receber as rejeições. Revemos o currículo, inflamos algumas informações, exageramos algumas habilidades, aquele certificado que eu parei no meio... ah, coloquei que finalizei...

Fase 3: Preocupação.

Começo a atirar meu CV para tudo quanto é lado. Posições menores do que eu estava, outras áreas, salário não importa mais contanto que eu esteja trabalhando, incomoda a mãe e o pai, pede para eles incomodarem todo mundo. Reza intensa. Fazemos promessas.

Chegamos em alguns processos finais de entrevistas mas ouvimos o famoso "resolvemos seguir com outro candidato".

Fase 4: Eu sou uma péssima profissional!

Aqui a gente chega no fundo do poço, achamos que somos o pior profissional do mundo. Duvidamos de toda nossa experiência e qualificação. Invejamos todos os que estão trabalhando. Estamos depressivos, não saímos da cama. Torcemos para que nenhum entrevistador nos ligue para não termos que responder nada e nem arriscar acordar cedo no outro dia para ir na entrevista.
Nossa atitude é negativa. Não vou conseguir nada. Ficarei desempregada. Serei a filha que não deu certo! Culpo todas as entidades possíveis e acho que tem urucubaca em cima de mim.

Fase 5: Acorda!

Vamos chacoalhar os ânimos. Energia! Bola pra frente. Quem fica parada é poste. Quer sofrer, fica acordado mais tempo para sofrer mais... essas frases de efeito.
Pegamos o CV, apagamos as mentirinhas, pesquisamos novos formatos, reformulamos o CV e a carta de apresentação. Xô preguiça!
Deixo a mente aberta para diferentes posições, mas seleciono algumas que acho que definitivamente não quero. Abro a mente para o salário, mas não aceito qualquer coisa.
Procuro ajuda de profissionais, coachings, mentores de carreiras, busco por indicações mais assertivas.

E aqui nesta fase estou. Ainda não passei dela. Não sei no que vai dar. Mas estou engajada e acho que será para um bem maior.

Na dúvida estou eu aqui com minhas medalhinhas, dei uma para o marido que nem religioso é.

Quero dar um FF nesse momento logo!!


terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Crise existencial das pessoas boas

Eu sigo zilhões de perfis, blogs, vlogs em tudo quanto é lugar.

Um dos meus canais preferidos no YouTube é o da JoutJout (of course!).

Acho que ela é bem pertinente nas colocações e opiniões, traz assuntos relevantes ou de fácil identificacão e é uma querida, né? Ela e Caio.

No último post de 2015 ela traz o tema "Ainda existem pessoas boas no mundo" e ela me fez pensar sobre isso. Muito.

Assistam... Depois continuem lendo.


Então... como estava falando...

Vira e mexe, quando alguém faz algo bom para nós, alguma gentileza, ou a gente vê/ouve falar de algum caso assim, a gente automaticamente pensa "ainda existem pessoas boas no mundo".

Eu já disse isso MUITAS vezes. Inevitável.

Mas hoje JoutJout me fez pensar! Crise existencial.

Será que existe no mundo uma pessoa é sempre boa?
Será que alguém já pensou "essa pessoa é péssima" sobre uma mesma pessoa que eu pensei "essa pessoa é ótima"?
Será que uma pessoa de essência genuinamente ruim já fez algo bom para alguém e esse alguém a colocou no grupo das "pessoas boas"?

Continua aqui comigo...

Pegando o exemplo da JoutJout. Será que a pessoa que ajudou ela a estacionar na praia estava simplesmente em um dia bom, se sentindo bem consigo mesma e, por isso, gerou nela essa intenção de boa ação, de ajudar o próximo?
E se essa mesma mulher estivesse na TPM (se a TPM dela for das brabas que nem a minha), ou se ela tivesse dormido mal na noite anterior, ou se algo ruim tivesse acontecido com ela, será que ela estaria no grupo das "pessoas boas"?

(sem contestar a boa ação ou caráter de ambas JoutJout e "pessoa boa" que cruzou o caminho dela!)

Será que são somente as ações com os outros que nos tornam "pessoas boas" e não nossa persona, nosso caráter, mesmo sem ninguém estar vendo?

Se eu estiver distraída e não vir que alguém precisava de ajuda, ou se eu não podia ajudar de alguma maneira e fiquei quieta, ou se não estava em um bom dia, isso me colocaria no time das "pessoas más"?

O que quero dizer é que EU acho que pensamos errado ao pensar "ainda existem pessoas boas no mundo".
Talvez o pensamento mais (existencialmente) realista seria "no momento em que precisei, as pessoas ao meu redor estavam em um bom momento". Muito longo?
Que tal "Hoje existem pessoas boas ao meu redor"?

Pode ser que esse pensamento não seja tão atraente, mas se pensar pelo outro lado, o lado da desilusão por ter "pessoas más", acho que alivia um pouco o fato de pensar que talvez essa pessoa não seja 100% má. Só esteja em um momento ruim.

Talvez essa "pessoa má" precisa de uma "pessoa boa no mundo" naquele momento, ao redor dela.


quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Downloading 2016.......

Adoro quando chega final de ano! Para mim, é um sentimento de final de ciclo e começo de um novo.

Por isso aproveito esse momento, entre mordidas no pão com requeijão (sim, tem aqui no Canadá) e uma golada de café, para pensar o que é que foi que eu mudei em mim neste ano.

Vou dividir com vcs meus momentos de sabedoria durante o ano de 2015.

- Estar casada é mais legal do que muitos falam. Se vc não está curtindo, talvez seja hora de pensar em três possibilidades: 1) Vc não está dando o máximo de si e não está abrindo mão de algumas coisas que poderia. Por isso se enche de rancor e egoísmo; 2) Vc casou pelos motivos errados; 3) Você está em um relacionamento abusivo (sai fora AGORA!!).

- Ser dona de casa não é fácil! Especialmente quando não se tem uma diarista (valorizo muito, te quero muito bem, venham morar comigo de graça, por favor!). Mas, mais do que a parte da limpeza em si, é difícil depender do marido/esposa para (quase) tudo. Independente de pessoas que pensam que ser dona de casa também é profissão, blá blá. Ainda assim é um sentimento de dependência muito forte para quem costumava ter seu próprio dinheiro.

- Ter banheira não é glamour. É um saco ter que limpar banheira. Ufff...

- Não é fácil jogar video game. Nunca tive um, então esses controles são muito difíceis. Muitos botões, muitos movimentos, ele vibra... Meus avatares parecem que sempre estão drogados.

- Meu corpo não aguenta mais beber muito, comer muita gordura e fazer muito exercício (hahaha esse último ele nunca aguentou mesmo).

- Para lavar lã, lave com água fria, modo delicado, centrifugue bastante e não seque na secadora. Vai encolher! Deixe secar em um varal. Se não tiver varal, estenda na porta, janela, em cima da máquina...

- Se vc está com as finanças apertadas e precisa dar uma segurada, super recomendo o método dos potinhos. Vc compra uns potinhos, de preferência transparente, e nomeia as principais despesas: transporte, supermercado, entretenimento, presentes/roupas, animais de estimação (se for o caso) e emergência. Faz o budget do mês, separa o dinheiro das contas fixas, separa o dinheiro da economia e o restante divide entre os potinhos de acordo com sua necessidade, em dinheiro (espécie)! Vc vai gastar somente o que tiver no potinho e nada mais. faz muita diferença quando vc vê o dinheiro sumindo...

- Entrevista de emprego via Skype é TUDO! Implementarei quando eu for chefe.


Dito tudo isso, tenho algumas metas realistas para 2016:

1) Arrumar emprego. Calma... não precisam ficar com dozinha. Estou em processos já. Vou conseguir!!

2) Comprar menos besteiras para comer. Não digo que vou parar de comer besteiras, porque não vou. Mas se eu não comprar e não tiver comigo ou em casa, não como. E como sou preguiçosa para sair e comprar...

3) Atualizar mais o blog. Pelo menos uma vez por semana. Me faz bem escrever e estimula a minha criatividade. Claro, além de contar a favor profissionalmente.

4) Comprar uma boa bota e um bom casaco de inverno. Tô precisando!

5) Comprar um quadro bacana. Quero um quadro do Cusco Rebel.

6) Ter um cachorro. It's a must!

7) Dar um presente MUITO legal para meu marido. Ele merece. Não sei o que. Ideias?

8) Ir para o Brasil para Natal e Ano Novo.


E por aqui me despeço de 2015, que foi intenso.

Que 2016 seja menos complicado, que pessoas aprendam que Redes Sociais não é penico e que as pessoas tomem mais conta de suas próprias vidas do que das outras.

Pêra, uva, maçã, salada mista!


segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Nhem nhem sorry. Atualizações!

Sem desculpas pelo descaso do blog.
Vamos às atualizações...

Ninguém - Oi sumida, por onde anda??
Eu - Ah, oi! Verdade. Sumi, né? Tive alguns acontecimentos doidos aí. Eu me mudei definitivamente para Toronto, no Canadá.

Ninguém - Jura?? Quando? Como?
Eu - Juro. Me procura aí no Brasil para vc ver. Não vai me encontrar.
Eu morei em Toronto até o final de 2013, aí tive que voltar para o Brasil, porque eu não queria ir presa por ficar ilegalmente no Canadá. E aí em 2015... bom, casei. Casei e voltei para o Canadá.

Ninguém - Wow... o que?? Como assim casou? Com quem? Quando que eu nem fiquei sabendo?
Eu - Pois é! Esse mundo maluco, hein? Quando eu estava aqui em Toronto de 2011 à 2013, conheci um canadense lindo, da voz grossa e sedutora que me perguntou 'I would like a chicken shawarma, please'. Foi amor! Não nos largamos mais. Tive que voltar ao Brasil no final de 2013, ele voltou comigo. Conheceu a família toda, churrascos, MUITAS caipirinhas... Era amor! Aí ele teve que voltar para o Canadá, porque ele não queria ir preso por ficar ilegalmente no Brasil. Depois de 7 meses de Skype todos os dias, passei o Natal de 2014 com ele no Canadá e meu presente foi um joelho no chão, um anel na caixa e 7652 lágrimas de felicidade no rosto. Queríamos ficar juntos logo e março foi O DIA. É e sempre será amor!

Ninguém - Que legal, hein?! E se mudou quando? Está fazendo o que aí?
Eu - Me mudei definitivamente no final de 2015. E agora estou aqui... procurando emprego em pleno final de ano, que ninguém, em lugar algum no mundo, quer trabalhar. Mas super estou otimista.

Ninguém - Eu quero trabalhar...
Eu - Vc não conta. Vc é ninguém!


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Eu voltei, agora pra ficar… será?

Não teve jeito. Tive que voltar. Um pouco contra vontade e um pouco com muita vontade.

A bem da verdade é que tive que voltar por questões de visto - ser uma fora da lei não está nos meus planos, pelo menos não nos atuais. Eu confesso que me senti triste, perdida, desanimada. Mas ao mesmo tempo ansiosa, saudosa, com fome (digo literalmente – não há comida como no Brasil).

Pisei aqui e senti medo. Medo mesmo… achei que fosse ser assaltada com tanta mala que voltei. Voltei muambeira mesmo.

Primeiras (re)impressões de SP:

- Sempre soube do trânsito de SP, mas isso está ridículo. Esses dias tiveram mais de 400Km de congestionamento. Não é possível! Deve ter cachorro dirigindo.

- Os preços estão abusivos. Mc Donald’s por R$20??? Onde já se viu? Não existe isso, gente. Cheguei pertinho do dia das crianças e me deparei com um bando de pais ricos. Se não era isso, os pais daqui fazem mágica. Peço a gentileza de fazer mágica com meu bolso também.

- Essa cidade é feia mesmo, né? Cidade suja, poluída, abarrofada. Poupem os verbos aqueles chatões que querem defender a liberdade artística. Arte é uma coisa, farofagem é outra!

- Educação passou longe. E não somente educação escolar. Parece que educação na família também não está muito popular por aqui. Não precisaria de muito, não. Acrescentar “Obrigado” e “Por favor” no vocabulário não me parece tão complicado. De repente eu tive uma educação privilegiada.

- A situação financeira da mulherada deve estar precária mesmo, porque não estão podendo nem comprar roupa para sair. Estão saindo peladas. Alguém tem que avisar que blusinha e saia não são acessórios. Então podem usar mais, né? Cobrir mais que o bico do peito.


Tem coisas boas para falar também. Tem o… hum… bom… acho que… ah, temos Catupiry e pão de queijo!